Global Citizen: Amazônia impulsiona o turismo de eventos e projeta Belém (PA) rumo à COP30

Belém (PA) foi palco, neste sábado (1º/11), do Global Citizen: Amazônia, o primeiro festival global dedicado à floresta e à cultura amazônica. O evento reuniu artistas de renome internacional, como Chris Martin (Coldplay), Charlie Puth, Anitta, Gilberto Gil, Seu Jorge, Gaby Amarantos e Viviane Batidão, em um grande espetáculo musical que contou com a presença de mais de 50 mil pessoas no Estádio Olímpico do Pará – Mangueirão.

O show reforça o potencial do turismo de eventos como motor de desenvolvimento econômico, social e ambiental, consolidando Belém entre os destinos mais promissores do Brasil para grandes produções culturais e sustentáveis.

“O Global Citizen: Amazônia mostra para o mundo o que o Brasil tem de mais valioso: a união entre natureza, cultura e gente. É um exemplo do poder transformador do turismo de eventos, que movimenta a economia, gera empregos e projeta a imagem da Amazônia como destino sustentável e criativo”, destacou o ministro do Turismo, Celso Sabino, que acompanhou o festival.

A realização do festival antecede a COP30, que será sediada em Belém e já começa a mobilizar a economia local. Segundo um levantamento da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, 81% dos moradores da cidade acreditam que a Conferência Mundial do Clima trará benefícios econômicos diretos e 86% apontam impactos positivos no turismo local.

Entre os setores mais beneficiados estão turismo, hotelaria e gastronomia (70%), seguidos por comércio e varejo (33%), infraestrutura (11%) e cultura e economia criativa (9%). Os números demonstram o crescimento do setor como vetor econômico essencial ao desenvolvimento regional, fortalecendo pequenas empresas, o empreendedorismo local e a geração de empregos diretos e indiretos.

A COP30 será uma vitrine para o mundo conhecer a Amazônia e o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável. Cada evento como o Global Citizen mostra que Belém está pronta para receber o planeta com alegria, estrutura e consciência ambiental”, aponta o ministro Celso Sabino.

ECONOMIA – No entorno do Mangueirão, o clima era de festa e, também, de oportunidade. A empreendedora Luciana Silva, 38 anos, que trabalha com alimentação, celebrou o impacto positivo. “Vendemos tudo o que preparamos. Vieram pessoas de vários lugares do Brasil. Para nós, que vivemos do trabalho do dia a dia, um evento desses faz toda a diferença. Gera renda e movimenta todo mundo, do motorista de aplicativo ao vendedor ambulante”, comentou.

De acordo com o Ministério do Turismo, festivais dessa magnitude dinamizam setores a exemplo de transporte, hotelaria, gastronomia, comércio e serviços, fortalecendo a economia criativa e consolidando o turismo de eventos como um dos segmentos mais estratégicos do país.

AMAZÔNIA – Mais do que um evento musical, o Global Citizen valorizou a força dos povos da floresta e sua relação ancestral com o meio ambiente. Repleto de artistas locais e mensagens de preservação, o festival reforçou o compromisso do Brasil quanto à proteção ambiental, o respeito às comunidades tradicionais e à construção do turismo sustentável, inclusivo e de base comunitária, princípios alinhados ao Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024–2027.

Entre as histórias que inspiram esse novo olhar sobre o desenvolvimento sustentável está o projeto de meliponicultura comunitária, desenvolvido por ribeirinhos do Amazonas, que associa geração de renda e conservação ambiental:

“A nossa missão é garantir uma renda sustentável para os ribeirinhos do Amazonas, para que eles possam viver da floresta, e não contra ela. O trabalho valoriza a meliponicultura, o cultivo das abelhas sem ferrão, como uma alternativa de renda e de preservação ambiental. Aprendemos com as comunidades locais essa prática ancestral e, em contrapartida, levamos insumos e equipamentos. Quando uma família atinge 12 caixas de produção, devolve três para o projeto, que são destinadas à próxima família. Assim, o ciclo se renova, fortalecendo o aprendizado, a cooperação e o desenvolvimento sustentável”, explicou o engenheiro florestal Joaquim.

A iniciativa representa a essência do turismo sustentável e da bioeconomia amazônica: integrar conhecimento tradicional, inovação e responsabilidade ambiental para fortalecer as comunidades que vivem da floresta.

“A Amazônia é o coração do planeta, e seus povos são guardiões desse patrimônio. O turismo sustentável é uma ferramenta poderosa para gerar renda e proteger a floresta, valorizando quem vive e cuida dela todos os dias”, reforçou o ministro do Turismo, Celso Sabino.

LEGADO – A realização do Global Citizen: Amazônia reforça a estratégia do Governo do Brasil de descentralizar o turismo e promover o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras, preparando Belém para sediar a COP30.

Com o Mangueirão modernizado e investimentos federais em infraestrutura turística, portuária e aeroportuária, a capital paraense se consolida como polo global de turismo de eventos, cultura e sustentabilidade.

“O turismo de eventos deixa um legado que vai muito além do palco. Ele movimenta a economia, inspira consciência ambiental e projeta a Amazônia como destino de inovação e esperança para o mundo”, concluiu o ministro Celso Sabino.

FECHAMENTO – O Global Citizen: Amazônia marcou mais que uma noite de shows, representando um encontro entre arte, propósito e futuro. O festival reafirmou que a Amazônia é protagonista de uma nova economia verde, onde cultura, turismo e meio ambiente caminham juntos.

A poucos dias da COP30, Belém demonstra que está pronta para receber o mundo e mostrar, na prática, que preservar é desenvolver e que o turismo constitui um dos caminhos mais poderosos no sentido de transformar realidades sem abrir mão das raízes e da identidade amazônica.

No compasso da música e da floresta, o Brasil envia ao planeta uma mensagem clara: o desenvolvimento sustentável começa onde a natureza e as pessoas são respeitadas, e a Amazônia é o coração pulsante dessa mudança.

Fonte: Jornalista Cintia Luna

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